segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Até Que Tudo Acabe...




Não vou contar tristezas
Não existe necessidade disso
Pois o que dói no coração agora não é só saudade
Queima na alma a raiva
Raiva por tentar fazer dar certo
Lutado tanto e agora penso se
Deveria ter ter deixado acabar na minha primeira duvida.

O amor duradouro
É sempre aquele ao qual ficamos vulneráveis
Mas de cedo eu aprendo com a dor
É facil controlar, do jeito certo, fica facil esquecer
Comigo a dor está sempre presente
Mas o sol sempre nasce
Tem sempre um motivo pra sorrir...

Não escrevo pra me expressar
Escrevo para garantir que me conheçam
Em cada palavra tem algo de mim
Estou sempre aberto para ser magoado
Mas estou sempre tomando cuidado em não magoar

Minhas feridas não curam
Elas gangrenam e infeccionam
Envenenando as boas coisas em mim
Mudando sempre
Até que não seja mais quem sou
Até que tudo acabe...

Aqui estou eu,
Pronto pra uma nova magoa...
E, indiretamente, magoando...
As pessoas não ligam,
Elas nem se importam
Ninguém pensa nessa dor
Elas simplesmente magoam
E tudo que de inicio construímos
Todo o amor que se dedica
Some na nevoa de uma magoa
Que nos muda pra sempre.

Nathan de Souza Pontual


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Uma Descrição






Estive pensando,
E como penso demais,
Passei tempos e tempos pensando,
E foi mais dificil do que se pensa
Dizer o significado que tem você na minha vida,
Então estou aqui pra te dizer
Que não encontrei uma descrição pra isso...
Uma só não.

Por que você poderia ser uma raiz
E eu como arvore não viveria sem...
E se eu escolhesse voar,
Você seria minhas asas,
E só assim eu iria tão alto...
E já que estive no chão e nos céus
Tente no mar...
Que significado teria eu como mar,
Se não o de refletir o teu brilho como lua?
(Sem você eu secaria...)

É... Você importa tanto assim!
Você acelera meu coração
Não tem o que o pare,
E não existe calma
Quando minha vontade é te abraçar,
Nada é igual ao sabor
De quando te beijo.

Mas eu penso demais,
E não parei em tão poucos pensamentos.
Não pude deixar de notar
Que a vida não existe sem você,
E se eu escolhesse ser qualquer coisa no mundo
Ou dos mundos...
Você teria de ser a parte importante e vital...

Mas se você ainda tem duvidas
Se o que aqui escrevi
Parecem apenas palavras.
Então tente ver tudo isso me olhando
E quando ver os meus olhos brilharem
Saiba que esse brilho é você.



Nathan de Souza Pontual

Escondido na Raiva






Você é tudo aquilo que me irrita
Me chateia e enlouquece
Suas ações são confusas
Mas ta dificil ignorar
Todas as vezes que me provoca
Todas as vezes que me desconcerta

É complicado tentar gostar de você
Quando tudo que você faz
Faz pra me chatear

Você não perde a chance
De tentar me fazer enlouquecer
Com todos que te desejam
Quando eu sei bem
Que de todos que te desejam
Você deseja a mim

Não posso perder meu tempo
Enlouquecendo com você
Então eu te abraço
Pra você enlouquecer comigo

Pois a unica raiva que sinto
É que sei que você quer
Mas que você não diz
E nem me deixa dizer...
Que o que a gente sente
É amor.




Nathan de Souza Pontual

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Love The Sea




Faz tanto tempo que me prometi
Faz tanto tempo que sou assim
Ser diferentes para ser o melhor
Mas parece que ser o melhor é um erro
E errar é a ultima coisa que quero

É como tentar entrar no mar bravo
E velejar pra longe
Você tenta ir em frente
Mas as ondas sempre te joga pra fora
Até que os braços cansam
E você deixa o mar te derrubar

Mas eu sempre admirei o mar
Ele me deixa numa gravidade mais leve
Me deixa mais vivo
Mas talvez seja melhor
Eu parar de tentar velejar em frente
E apenas observar



Nathan de Souza Pontual

sábado, 16 de março de 2013

Aos Meus Olhos




Involuntariamente,
Do ventre
Aos braços,
Quando os olhos se encontram,
O amor eterno,
O primeiro,
O mais puro,
Que vive na alma
E jamais acaba,
Olhando e sorrindo,
Se vendo um no outro

Mãe minha,
Guia da vida,
Tão difícil pode ser,
Tão poucos podem nos entender.
Quando parti dos seus braços,
Tanto tempo longe,
Mas tão perto nos sonhos,
Até que voltei.

Pois do ventre aos teus braços eu fui
E é dos teus braços que vou crescer,
Posso até ser considerado um homem,
Mas serei sempre seu menino.

Com brincadeiras evito te dizer,
E se torna tão frequente que já não lembro
Quando te olhei nos olhos
E te contei do meu eterno amor,
Aquele que senti
Quando meus olhos viram os seus
Pela primeira vez.

Obviamente eu te amo
E você jamais vai precisar duvidar,
Você é uma mãe espetacular
E se pessoas tentam me afastar de você,
Se me falam de erros que você possa ou não ter cometido,
Eu me afasto dessas pessoas,
Por que o meu Deus
Mora em você,
Aos meus olhos
Você é a mais bela e mais perfeita,
A mais divertida,
A mais companheira,
A melhor mãe.

Somos tão iguais,
Não existe desentendimento
Quando os dois se entendem,
Aprendemos a ser melhores
Um com o outro
E tudo pode sempre melhorar.

Mas se chegar o dia
Em que eu tiver de ir embora
E até que eu esteja longe,
Você não precisa chorar
Por que eu vou sempre voltar.
Afinal, mãe é mãe.






Nathan de Souza Pontual

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O Seu Par




Você me fitou
Com os castanhos dos seus olhos
Abraçando minha pele
Segurou firme
Como que para jamais soltar

E de encontro ao meu corpo
Pude sentir seu halito me esquentando o peito
Seu sorriso mais lindo
Mal pude respirar
Me roubou o fôlego

Então pude segurar suas mãos
Suadas me escaparam
Meu rosto afagaram
E com teus olhos nos meus
Num beijo me envolveu

Mas eu já sabia
Que de ti não largaria
Pois eu já estava perdido

E quando fico dias sem você
As noites são mais escuras
E as comedias já não tem graça
Os sonhos são curtos
E os dias mais longos

Estive te esperando
E agora que a tenho
Tudo mudou
O mundo se tornou inteiro
Nada mais faltava
E eu conheci o céu
No dia em que,
Sendo um,
Eu virei um par
O seu par.





Nathan de Souza Pontual

sábado, 26 de janeiro de 2013

Esquecendo






Por anos eu me perdi
Da consciência do que sou,
Sendo triste,
Sendo uma coisa que não sou.
Escondendo meu rosto,
Não queria que ninguém me visse,
Por medo de ver em alguém
Algo que por tempos eu procurava.

Fechado para o mundo,
Cada vez mais trancado no meu quarto,
Cada vez mais preso,
Sempre quieto,
Calado.

As perguntas que, por vezes me jogavam:
- Você é feliz? - Me perguntava.
- Claro que sou. - Mentia eu, com convicção.
É claro que acreditavam no que eu dizia,
Fora do meu quarto,
Eu interpretava meu papel muito bem.
Dentro do meu quarto,
Eu era eu,
E ninguém suportaria.

Mas só a minha certeza,
A consciência de que algo faltava,
Algo que estaria por vir
Ou algo que há tempos teria ido embora
E jamais voltaria.

E por meses eu aguardei,
Alguém que aos poucos
Me esquecia,
Enquanto eu lutava para lembrar
E ouvia a gravação,
A voz cantada
Que tanto me encantou.

E aos poucos menos eu pensava,
Menos eu ouvia,
Menos eu chorava
E sem aos menos perceber
Eu parei de esperar,
E aquela voz que eu esperava
Se perdeu no tempo,
Como uma carta que guardamos
E logo esquecemos,
Deixando ela amarelar e manchar.




Nathan de Souza Pontual