sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Cinza Como Uma Tempestade
Olhos cinza me observam
Vejo nele a mesma frieza de uma tempestade
Sinto os raios de suas palavras me atingirem
Dói apenas depois
Parece que nunca vou ver o céu de novo
Como acreditar no que você diz
Ontem mesmo você sorria pra mim
Suas palavras adocicavam meu coração
Seu corpo aquecia o frio da noite
Suas mãos acamavam meu cabelo me fazendo adormecer
E agora ignora minhas lagrimas
Com a frieza do gelo me deixas
Sem me explicar por que
Sem me dizer o motivo pelo qual estou sendo devastado
Sem me dizer o motivo deste punhal estar me perfurando agora
Como uma estatua fico
Você vai sem olhar pra trás
Deixando apenas aquele garoto que para você nunca foi nada
Sem saber que o que apenas tem ali
É um corpo vazio, frio e morto pra ele mesmo
Fico como mulher nenhuma acha que um homem pode ficar
Mas um homem tem um coração
E também é besta para se apaixonar
Então sobra apenas uma magoa profunda
O coração dilacerado e a tristeza de um mundo todo
Nathan de Souza Pontual
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Observador
Sento na areia e vejo as ondas quebrando
Sinto a umidade no meu rosto
O cheiro do mar me acalma
Eu procuro o que me acalma
Você sempre me acalma
Deito e olho o que tem na minha frente
O céu coberto de estrela me ilumina
A luz do céu me fortalece
Eu olho aquilo que me fortalece
Você sempre me fortalece
Observo o horizonte
Linda divisão do céu e do mar
O céu e o mar me inspiram
Eu busco aquilo que me inspira
Você sempre me inspira
As ondas quebram aos meus pés
Lindos mantos vestindo a areia
A beleza me encanta
Eu tenho aquilo que me encanta
Você sempre me encantou
Nathan de Souza Pontual
Pequena aos Olhos, Grande ao Coração
Você acha que sua vida é um filme
Você acha que o drama vai terminar feliz
Mas não vê que a decisão é toda nossa
Apenas nossa
Sem telespectador para ajudar ou atrapalhar
Você diz que me ama
E fala dos nossos sonhos
Até diz que vai durar pra sempre
Mas eu sempre escuto e acredito
“Que o pra sempre, sempre acaba”
Como se não bastasse a dor que sinto ao olhar o céu
O que vejo ali gostaria de ver em você
Porque se choro ao olhar essa massa infinita
É porque fico triste de não ver em você
Toda a felicidade que vejo em uma estrela
É como aquela minúscula estrela que vejo no céu
Da qual te dediquei com todo o sentimento
Mas tu não entendeste o verdadeiro sentido naquilo
Só porque aos olhos é pequena, não quer dizer que realmente seja
A distancia é apenas uma ilusão na imensidão daquela estrela
Como quando criticam e duvidam do nosso amor
Acusando-o de pequeno e curto
Fazendo-nos pensar e até concordar
Mas alguma coisa nesse “pequeno” e “curto” amor
Prende-nos e nos faz desistir
Sabemos no fundo do peito
Que não é bem assim
Esse amor ainda não encontrou um fim
Muito menos um limite
Nosso limite seria uma viagem a outro planeta
Mas hoje você muda
Muda sem saber que está me mudando também
Cega por pensamentos individuais
Sem saber que estou ficando transparente
Sem saber que assim logo desaparecerei
Nathan de Souza Pontual
Quando Te Encontrei Em Mim
E nos teus olhos não vejo mais um sol
No teu beijo não sinto mais o doce gosto do mel
Nos teus cabelos o cheiro do campo e das flores morreu
Percebo que não posso mais lutar contra essa verdade
O sentimento que um dia vi em ti, morreu quando tu partiste
E na escuridão das noites tristes
Lembro que já fui feliz um dia
Sinto-me vazio e pela metade
Por mais que tenhas ido
Ainda te vejo, sem cor, sem gosto e sem cheiro
Forte como o amor um dia foi
A lembrança me dói
Mas porque se já consigo seguir sem ti?
Ao olhar os mares que me cercam
Ainda te vejo nas pedras daquele antigo farol
Olhando o lindo farol junto às pedras
Sinto a tristeza me invadir
Percebo que algo mais me ilumina nesse momento
Então vejo a lua e lembro
Que um dia me disseste que eu podia lhe encontrar ali
Agora percebo facilmente
Que ao deixar-me as melhores das lembranças
Deixas-te também outro tesouro
Do qual eu nunca abrirei mão
Deixaste-me o teu coração e plantado em mim ele está
Nathan de Souza Pontual
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