domingo, 19 de agosto de 2012

Inverno da Alma

Chegou o inverno
Esse é mais longo
Parece não acabar

Construí pra mim
Um abrigo
Que agora 
Não posso usar

Semana entra
Semana sai
Vejo meu caminho barrado
Que saudade daquele abrigo
Que tanto me aquecia

É um inverno sem fim
Frio, escuro e chuvoso
Difícil de passar

As vezes acho
Que morrerei
É quando o caminho
Que antes fechado
Abre as portas
E finalmente
Vou ao meu abrigo...
Finalmente esqueço o inverno
Esse inverno de cinco dias eternos
Abraço meu único abrigo
Abrigo que construí
No seu coração



Nathan de Souza Pontual

sábado, 18 de agosto de 2012

Robôs da Rotina / Ilusão de Viver



Seguem meus dias longos
Com calma
A pressa reservada
Para dias mais tranquilos

Rotina simples
Contada nos dedos
Quase uma foto
Do dia seguinte

Em meus dias tranquilos
Rápidos
Acalma reservada
Para dias seguintes

Dias tranquilos
Ansiados em dias mais lentos
Quase uma foto
De um sonho passado

É complicado o mundo
Suas rotinas sem fim
Sempre se repetindo
Por mais e mais pessoas
Que não sentem e não vêem
Que buscam na vida um sentido
Como robôs na rua caminham diariamente

Esperando o presente
Que nunca vão saber reconhecer
E vão deixar passar
Sem nunca ver
Sem nunca sentir
São robôs da rotina
E na rotina
Vão viver
Sem ver
Sem sentir.



Nathan de Souza Pontual