segunda-feira, 28 de novembro de 2011
O Que Simples Olhos Não Vêem
Eu vivia pra ver
Procurava todas as belezas do céu
Detalhava o mar
Pra mim
Tudo era de uma beleza sem preço
Feliz e triste
Eu juntava palavras
Escrevia poemas
Poemas que doem se ler
Ou que emocionam
E faz sorrir
Faz chorar
Fazia parte
Deixar em detalhes os lados
Bons e ruins do amor
Sem se deixar perder o gosto da vida
Mas ai
Abaixei a cabeça
E vi um mundo enorme
Do qual não sem tem tanta beleza
Do qual não tem romantismo
Só responsabilidades e nervosismo
Raiva e cansaço
Foi ai que percebi
Que as luzes desse mundo
Ocultou as estrelas dos meus olhos
Percebi que a poluição desse mundo
Nublou o céu em que eu adorava a lua
Estou cego
Só consigo ver o que tenho de pintar
Vejo o tempo passar
E o pouco tempo que há
E não noto que mais um ano passou
As vezes penso estar sozinho...
E subir no ponto mais alto
Já não me ajuda mais
Até uma brisa leve me tocar
E um perfume que eu já tinha sentido...
Eu a vi...
E os olhos dela me tocaram
Foi como ver
Ver todo o universo...
Foi como ter o mar pra mim
Num simples copo d'água
E assim percebi
Que você foi apenas
Aquilo que fez meu mundo
Que era separado do bom e ruim
Se tornar único e perfeito
Pois assim
Vejo nos teus olhos
As estrelas que não posso
Mais ver no céu
Nathan de Souza Pontual
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