domingo, 20 de fevereiro de 2011

Nostalgia


Ontem sonhei com minha vida
Sonhei em detalhes
E acordei chorando

Vi que essa semana eu fui feliz
Vi que sorri muito
Mas também senti dor
E vi como dói quando agente não sente mais

Meses atrás vi um novo ano
Novas chances
Novas decepções
Novos corações

E no meu novembro
Dias atrás de dias
Escorpião
Conheci um novo amor
E deixei outros no passado

Anos atrás amei
E me magoei
Escolhi e perdi
Foi há anos atrás
Que conheci alguém e achei
Achei que era pra toda a vida
Sem saber de nada

E antes disso
Vi meu primeiro amor
Vi como foi lindo
E vi quando acabou
Cheio de dor
Mas com amor
E perdão

Lembro da solidão
Adolescência
Achava que estava só
Quando sempre tive tudo

E a infância
Eu a vi cheio de saudade
Das chuvas frias
Dos dias em claro
Discos voadores
Fantasmas

Vi também o que eu nem lembro mais
Paredes de tijolos em quadrados vazios
Janela grande
Ladeiras
Brinquedos
Felicidade extrema
Estou confuso
Sinto mais saudade disso
Parece que fui muito mais feliz ai

Acordar como estou
Sentindo uma lágrima no rosto
Não parece um jeito bom de acordar

Mas a forma como vi minha vida num sonho
A forma como tudo foi de trás pra frente (ou frente pra trás)
Foi extremamente prazeroso ser adulto e virar criança

Mas ainda mais prazeroso é saber
Que aquela criança ainda está em mim
Ainda vai viver
Ainda vai sonhar
E ver
Que tudo é um passo
Pra ser feliz.






Nathan de Souza Pontual

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Um Conto de Amor Real


Tudo podia acontecer
Mas não como eu queria
Foi tudo diferente
Nada é igual
Nunca é igual

E você pode achar
Que é um conto de amor
Do qual vem a mágoa
O perdão
O amor

Mas nada é assim
Não vai acontecer desse jeito
Porque quando agente escolhe amar alguém
Nem sempre escolhe pra sempre
Não me deixe chorar quando for embora

Porque no nosso conto de amor
Vai tudo acabar
E agente não sabe
Se algo vai voltar

Porque eu sou diferente de você
Eu sempre fui muito diferente pra você
Então esse conto não será igual

Eu não penso mais em você
Você não está nos meus sonhos
E eu não quero mais

Já não me vejo ao teu lado
E sim, foi amor
Foi amor, até que tudo desmoronou
Desculpe se não construí nossos pilares com perfeição
Desculpe se eles não resistiram

Nem sempre os contos são contos
As vezes são reais
E quase nunca o que é real é feliz.




Nathan de Souza Pontual